De modo geral, saber que o (a) Advogado (a) é indispensável à administração da justiça já é um bom começo para que a advocacia tenha seu reconhecimento e valor. Contudo, a busca por essa valorização tornou-se cada vez mais árdua (com o aumento exponencial dos profissionais disponíveis no mercado), pois o binômio oferta versus demanda tem feito com que vários profissionais abaixem os preços dos seus serviços para que consigam se manter nesse mercado competitivo.

Nesse sentido, a valorização da Advocacia é, por muitas vezes, pensada de forma exógena, ou seja, foca na parte visível das nossas atividades. Como por exemplo, nas ações voltadas para a comunidade, para a política e nas melhorias estruturais das seccionais e subseções, (o que não deixam de serem válidas e essenciais). Porém, para que a valorização da advocacia seja mais eficaz ela precisa ser endógena, emergir da própria postura dos advogados perante à sociedade.

Com isso, ao analisarmos esse enfrentamento de fatores externos e internos; comportamentos coletivos e individuais já enraizados, podemos extrair as seguintes estratégias:

1. O fomento massivo à atualização e especialização dos advogados, mediante descontos (que caibam no bolso no jovem advogado) e convênios com instituições sérias. *De nada valem essas campanhas se mesmo após esses investimentos nossa classe continuar mantendo as mesmas práticas (não cobrar consultoria; fazer diligências por valores irrisórios; competir agressivamente entre os pares; cobrar honorários abaixo da tabela, criticar o colega para o cliente etc.).
2. A fiscalização ostensiva aos escritórios que não seguem os padrões estabelecidos no código de ética, bem como a aplicação das devidas sanções. *Muitos escritórios se tornaram grandes titãs de forma repentina no mercado (talvez por terem investido desenfreadamente em propagandas comerciais; parcerias profissionais não permitidas; exploração de associados etc.). Por isso, a fiscalização mais intensificada permite que não existam tantos abismos que impedem de advogados crescerem por conta da concorrência desleal.
3. Mais divulgação sobre os benefícios disponíveis para a classe, porque assim ao invés dos colegas apenas criticarem sobre o valor da anuidade, possam ter orgulho da instituição e usufruir efetivamente da estrutura oferecida (já que muitos nem sabem as vantagens que possuem e acabam replicando murmúrios ultrapassados). *Acessando o site da OAB é possível ver a vasta quantidade de benefícios oferecidos para a classe (já incluso na anuidade), como por exemplo, plano odontológico; desconto em plano de saúde; auxílio funeral; auxílio escola; auxílio para advogados que vivenciaram situações de calamidade; transporte em ônibus e vans nas metrópoles de uma comarca para outra; postos e salas da OAB em todos os fóruns e comarcas com computadores disponíveis; impressões gratuitas; wi-fi; sala de atendimento ao cliente; possibilidade de network por meio das comissões de cada subseção; palestras; cursos gratuitos, dentre outros.

Por isso, ao abrir a mente para ideias e movimentos que comungam por uma união da advocacia na busca do constante aperfeiçoamento das nossas condutas, é que teremos a tão sonhada valorização da advocacia.

Fonte: Jusbrasil